Evangelho

15 de Março - Ano A

Mateus 6,7-15

Glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!
O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus (Mt 4,4). 


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos 6 7 "Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras, como fazem os pagãos que julgam que serão ouvidos à força de palavras.
8 Não os imiteis, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes que vós lho peçais.
9 Eis como deveis rezar: PAI NOSSO, que estais no céu, santificado seja o vosso nome;
10 venha a nós o vosso Reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.
11 O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
12 perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam;
13 e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará.
15 Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará".
Palavra da Salvação.



ComentÁrio do Evangelho
REZAR COM SIMPLICIDADE

Os discípulos de Jesus foram orientados a não rezar como os gentios que pensavam poder convencer Deus e atrair seus favores, à custa de muito falar. Existia, também, os que se dirigiam a Deus em altos brados, como forma de se fazerem ouvir. Apesar de o Mestre ter atribuído esta forma de rezar aos pagãos, o que ele estava condenando, agora, era a forma acintosa de rezar, praticada por certos fariseus. Quem se vangloriava da própria prática religiosa, estava longe de rezar de maneira conveniente. Faltava-lhes rezar com simplicidade.
A oração que Jesus colocou nos lábios dos discípulos pode ser definida como a oração dos simples. Por um lado, ela é calcada na absoluta confiança no Pai, de quem se espera tudo, por saber ser ele a fonte de todos os bens. Por outro lado, suas palavras correspondem ao que é essencial na relação do ser humano com Deus, com o próximo e com os bens da criação, de modo especial, o pão cotidiano.
Seria um erro fatal confundir a oração ensinada por Jesus como escola de conformismo e alienação. O que o discípulo orante fala ao Pai é o que busca colocar em prática no seu dia-a-dia. Ele deve ser o primeiro a santificar o nome de Deus, a empenhar-se para que seu Reino aconteça, a fazer a vontade divina. Será sempre o primeiro a partilhar, a perdoar e a esforçar-se para não ser levado pelo espírito do mal.

Oração
Pai, coloca nos meus lábios e no meu coração as palavras ensinadas por Jesus aos discípulos, pois elas são a melhor maneira de eu me dirigir a ti.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Leitura
Isaías 55,10-11
Leitura do livro do profeta Isaías.
Isto diz o Senhor: 55 10 "Tal como a chuva e a neve caem do céu e para lá não volvem sem ter regado a terra, sem a ter fecundado, e feito germinar as plantas, sem dar o grão a semear e o pão a comer,
11 assim acontece à palavra que minha boca profere: não volta sem ter produzido seu efeito, sem ter executado minha vontade e cumprido sua missão".
Palavra do Senhor.
Salmo 33/34
O Senhor liberta os justos de todas as angústias.

Comigo engrandecei ao Senhor Deus,
exaltemos todos juntos o seu nome!
Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu
e de todos os temores me livrou.

Contemplai a sua face e alegrai-vos,
e vosso rosto não se cubra de vergonha!
Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido,
e o Senhor o libertou de toda angústia.

O Senhor pousa seus olhos sobre os justos,
e seu ouvido está atento ao seu chamado;
mas ele volta a sua face contra os maus,
para da terra apagar sua lembrança.

Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta
e de todas as angústias os liberta.
Do coração atribulado ele está perto
e conforta os de espírito abatido.